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O Prof. Dr. Marco Aurélio Ferreira, reitor da UNIFAE, participou da edição de quinta-feira (27) do programa 2 EM 1, na qual abordou a recente polêmica quanto ao seu discurso na Tribuna Livre, realizado na 6ª Sessão Ordinária (24).
Na data, Marco acusou a Câmara de “descaso” com as questões competentes a UNIFAE, que incluem a ausência de resposta a duas solicitações de reunião convocadas pela universidade (uma em janeiro e outra no início de março), e o adiamento da votação do reajuste do salário do prefeito (clique aqui para conferir).
“Quero que os vereadores fiquem muito tranquilos. A cobrança que eu fiz é para a Câmara Municipal, não é pessoal para nenhum vereador.”
Marco fez questão de reafirmar que a UNIFAE não recebe verba da Prefeitura para realizar seus trabalhos, e que todos os R$ 70 milhões do orçamento anual da instituição são oriundos das mensalidades dos alunos.
No entanto, por se tratar de uma autarquia, a universidade depende das aprovações dos Projetos de Lei dentro da Câmara para que possa avançar em discussões como reajuste de salários, novas contratações e reorganizações administrativas.
Quanto a eventuais reações negativas em relação ao seu discurso na Tribuna, Marco Aurélio afirma que os vereadores precisam estar dispostos a ouvir críticas, e mais do que isso, a resolver os problemas apresentados. “Estamos pedindo para que os vereadores olhem para a UNIFAE”, conclui o professor.
Marco acrescenta que cerca de 60% dos alunos da instituição vêm de outras cidades, e que essa presença fortalece a economia de São João da Boa Vista por meio da locação de imóveis e utilização do comércio.
Em relação ao seu pedido de reajuste do salário do prefeito, o reitor esclarece que todos os salários da UNIFAE dependem de um teto maior, já que os valores não recebem atualização desde 2012. Segundo Marco, é quase impossível atrair novos professores, tendo em vista que salários muito maiores são pagos por outras instituições de ensino da região.
A declaração coincide com o Art. 37, inc. XI da Constituição Federal de 1988, que de fato, impede a prática de vencimentos superiores ao do chefe do Executivo Municipal.
“Quando a gente fala do teto do prefeito, […] ele é apenas uma pessoa de um conglomerado de servidores que precisam do reajuste.”
O reitor afirma que todos os estudos para tal readequação já foram feitos, e que se aprovada, não representará nenhum prejuízo ao orçamento da Prefeitura, nem da UNIFAE.
A entrevista com Marco Aurélio pode ser assistida a partir da minutagem 34:12.
Matéria publicada em 27 de março de 2025, às 13h13.