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Hoje, 14 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue, e nesta época do ano, o clima mais frio afasta os doadores, derrubando ainda mais os estoques.
De acordo com a enfermeira do banco de sangue de São João da Boa Vista, Andreza Arcuri, a unidade trabalha atualmente com 30% da capacidade total. No caso dos tipos O- e A-, a porcentagem cai para apenas 10%.
“Atualmente a situação está bem crítica. Todo ano, na época que começa o inverno, já começa a cair nossos estoques. Hoje estamos com uma queda em todos os tipos sanguíneos, não é só um específico.”
Para fazer a doação de sangue, é necessário cumprir alguns pré-requisitos, como explica Andreza Arcuri.
“Tem que ter entre 16 a 69 anos e menor de idade tem que trazer autorização do responsável legal. A primeira doação pode ocorrer até os 60 anos, mas se já for doador, até os 69. A pessoa tem que estar em boas condições de saúde, e se teve um resfriado, tem que esperar pelo menos 7 dias.”
Além desses pré-requisitos, o doador deve ter mais de 50Kg, não ter feito tatuagem ou colocado piercing há menos de 6 meses e não ser usuário de drogas.
Há uma orientação também em relação às vacinas: quem tomou o imunizante contra a gripe influenza precisa aguardar 2 dias para fazer a doação, e quem recebeu a bivalente contra a Covid-19, o período de espera é de 7 dias.
COMO DOAR
Os interessados em doar podem fazer agendamento prévio pelo telefone (19) 3633-7036 ou entrar em contato no WhatsApp (19) 99911-6888.
O banco de sangue de São João da Boa Vista fica na Av. João Osório, n° 701. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 13h, e aos sábados, das 7h às 11h30.
Ao chegar no local no dia agendado, o doador precisa levar um documento original com foto.
DIA MUNDIAL DO DOADOR DE SANGUE
A data foi criada por iniciativa da Organização Mundial da Saúde em 2014 para incentivar e conscientizar a sociedade sobre a importância da doação de sangue.
O dia escolhido, 14 de junho, é uma homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, um imunologista austríaco nascido em 1868, que descobriu o fator RH e várias diferenças entre os diversos tipos sanguíneos.
Neste dia de conscientização mundial, vale lembrar que uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas e nunca se sabe a hora que alguém pode precisar.
A manicure e pedicure Melyssa Domenciano é prova da importância que esse gesto tem. Ela sofreu um acidente em 2016, ficou internada por 5 dias e contou com a solidariedade dos doadores.
“Fui atropelada por um homem bêbado e quebrei a bacia, o fêmur e os dois joelhos. Então foi algo bem grave, onde eu precisei de doações de sangue. Graças a Deus muitas pessoas foram doar.”
Depois de ter passado por esse momento difícil, Melyssa decidiu retribuir a ajuda que recebeu e se tornou doadora.
“Hoje em dia sou doadora de sangue. É uma maneira de agradecer quem fez isso por mim. Todos deveriam doar, porque é algo que não dói e faz muito bem, é uma doação de vida.”
E tem gente que não mede esforços para ajudar. O metalúrgico Jorge Correia é doador há 28 anos e, durante esse tempo, influenciou outras pessoas a fazerem o mesmo. Morador de Espírito Santo do Pinhal, ele reúne amigos e conhecidos e vem até o banco de sangue de São João da Boa Vista para doar.
“Comecei sozinho e depois comecei a levar um ou outro comigo, e fomos indo. Aí em 2019 eu resolvi montar um grupo, chamado ‘Doe uma Vida’. Hoje é um grupo grande, de umas 80 pessoas.”
Jorge destaca que é gratificante poder ajudar o próximo e busca inspirar mais pessoas a adotarem a prática.
“Quem não é doador não sabe o que está perdendo, é muito gratificante, uma emoção que não tem palavras. A gente tem que doar pois não sabemos o dia de amanhã. Temos que ajudar quem está precisando hoje, porque amanhã pode ser a gente.”
Reportagem publicada em: 14/06/2023