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A CPI que apura a situação das casas populares do Jardim Guiomar Novaes ouviu mais um depoimento nesta quarta-feira (7). Dessa vez, o depoente foi o servidor público do Departamento de Habitação, José Ricardo de Andrade Tavares.
Ele foi questionado pelos vereadores sobre o que aconteceu no sorteio das casas populares realizado em março do ano passado, em que famílias foram sorteadas mais de uma vez. José Ricardo contou que não havia um auditor fiscal no sorteio e que não houve conferência das papeletas a serem sorteadas. Ele relata que 35 papeletas foram impressas de forma duplicada.
O servidor público afirmou que percebeu, durante o sorteio, que algumas famílias tinham sido selecionadas mais de uma vez. Ele ainda afirma que comunicou o erro ao então diretor do Departamento de Habitação, Alencar Aguiar Neto, que decidiu seguir com o processo.
“Na hora que o Alencar estava falando o número das inscrições no sorteio das papeletas, a gente percebeu no Excel que teve repetição que não era pra ter (…) Eu chamei ele [Alencar]e falei baixinho para ele, e ele achou que era um caso esporádico e deu prosseguimento ao sorteio”, afirmou.
José Ricardo ainda relatou que o então diretor de Habitação só tomou uma atitude dias após o sorteio, quando uma munícipe enviou uma reclamação à Prefeitura.
FALTA DE DOCUMENTOS
Ao ser questionado por um dos vereadores, o servidor disse que entre os dias 15 de novembro e 1ºde janeiro, período de transição de governo, não houve nem entrada e nem saída de documentos relativos às casas do Guiomar Novaes.
Vale lembrar que em outro depoimento da CPI, a atual diretora de Habitação, Julia Mourão Jorge, relatou que não havia encontrado nenhum documento relacionado ao empreendimento dentro do Departamento. Diante disso, ela registrou um Boletim de Ocorrência. Os vereadores decidiram, então, encaminhar o caso ao Ministério Público.
CONVOCAÇÃO DE EX-DIRETOR
O vereador Junior da Van pediu a convocação do ex-diretor de Habitação, Alencar Aguiar Neto para prestar depoimento. Entretanto, o presidente da CPI, vereador Bira, avalia que o melhor caminho é aguardar a chegada de todos os documentos pedidos pela Câmara para depois ouvir Alencar.
Foto: Divulgação/Câmara Municipal de São João da Boa Vista