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Após os protestos que ocorreram durante a Audiência Pública sobre a revisão do Plano Diretor de São João da Boa Vista, realizada no dia 11 de outubro, organizações ambientalistas se articulam para impedir o avanço do projeto por meio de um abaixo-assinado, que já reuniu 2.300 assinaturas.
A meta é alcançar 2.500 assinaturas, número esperado até o final deste mês.
Paula Magalhães, arquiteta e mestre em Urbanismo, que integra o “Instituto Planeta Plantar”, explica o que ocorreu no dia 11, durante a Audiência Pública, e por que as mudanças do Plano Diretor mobilizaram tantas organizações voltadas ao cuidado com o meio ambiente.
Para a arquiteta, o ponto mais crítico é o ataque à política do cinturão verde do município, que protege as margens dos rios Jaguari-Mirim e Ribeirão da Prata, e que caso revogada, pode aumentar o risco de enchentes e de seca.
Segundo Paula, o projeto em si é inconstitucional, pois não atende as diretrizes do Estatuto da Cidade.
Além do Planeta Plantar, também participaram dos protestos a associação Viva São João, Movimento Parque Vivo e Greenpeace Leste Paulista.
Paula também abordou, de forma mais detalhada, as mudanças que devem ser implementadas e seus impactos no município, alertando inclusive que o projeto deve seguir para a Câmara em breve.
Os principais tópicos modificados são referentes aos cinturões verdes, ao aumento do perímetro urbanos em detrimento da natureza e ao aumento do coeficiente de aproveitamento dos lotes.
A arquiteta alega que o processo de revisão do Plano foi elaborado por instituições e pessoas que seriam beneficiadas pelas alterações.
A equipe de jornalismo da 92FM está tentando contato com a Prefeitura de São João da Boa Vista desde a sexta-feira da semana passada (18) para compreender a posição da instituição sobre o tema, mas ainda não obtivemos uma resposta dos departamentos de Meio Ambiente e de Gestão e Planejamento Urbano.
Matéria publicada em 23 de outubro de 2024.